Estudo dos ossos, mas também das cartilagens. Os tubarões apresentam cartilagens no lugar dos ossos propriamente ditos.
Então podemos chamar de esqueleto, toda estrutura que der forma a um componente do corpo, como o esqueleto fibroso que sustenta o fígado, o esqueleto ósseo que sustenta a musculatura para dar movimentos, o esqueleto cartilaginoso que forma a laringe, dá forma ao pavilhão auricular.
1. Proteção
Órgãos mais frágeis situados nas cavidades são protegidos por estruturas ósseas como por exemplo: medula neural, coração e pulmões. A figura representa uma estrutura mais rústica protegendo uma muito mais frágil. Podemos considerar os ossos como essa estrutura mais rústica e o neném os frágeis, fundamentais à vida...
2. Sustentação
Assim como os prédios, os corpos dos animais também precisam de fortes bases estruturais de sustentação...
Senão, onde estariam os monumentos tão antigos que perduram até os dias de hoje?
Assim é com os animais... cada um tem um esqueleto diferente para adaptar-se ao meio e sustentar, como nas girafas, a cabeça, para a boca ficar o mais próximo possível de brotos de árvores.
3. Dar formato ao corpo
Se não fosse esse formato promovido pelo esqueleto, suínos não teriam tanta mobilidade do fucinho...devido ao osso rostral.
4. Armazena minerais e íons
Durante a vida e manutenção da mesma, os animais necessitam de mobilizar minerais, que se encontram nos ossos. Uma lactação por exemplo, expolia muito a fêmea quanto aos minerais cálcio e fósforo, pois o leite é muito rico nestes. Como o osso tem muito desses minerais, a retirada é expressiva, retornando depois conforme o filhote for sendo desmamado.
Outro fator é a contração muscular, que demanda Cálcio para ocorrer, pois encontra-se circulante no sangue.
5. Funciona como alavanca para a movimentação
Age como componente passivo de um movimento, sendo os músculos a parte ativa.
6. Produz células sanguíneas (hematopoiese)
As extremidades dos ossos mais longos produz sangue. Lá a osteoarquitetura é trabeculada, onde células pluripotenciais (stem cells) se inserem e acabam povoando o osso para produzirem células sanguíneas.
7. Auto - remodelamento
Os ossos também têma a capacidade do auto-remodelamento, para que seja possível a adaptação da postura ao meio que é exigido. Mulheres por exemplo, ao usarem por muito tempo salto baixo, vão em uma festa com salto alto, não demora muito, começam a sentir dores nas pernas. Esse é um sinal de que seu aprumo não está correto, ou seja, os ossos não se adaptaram ainda e não se remodelaram para uma melhor distribuição de peso. O mesmo ocorre no inverso. Outro exemplo são os desvios de coluna, por vícios de posição e postura, causando a escoliose, lordose ou cifose.
Zoologia
Quanto à zoologia e cronologia evolutiva, os animais podem ser invertebrados ou vertebrados. Entre os invertebrados podemos Ter alguns animais com tecido rico em queratina, como os besouros, formando assim o exoesqueleto.
O besouro Hypocephalus sp. é um invertebrado com exoesqueleto.
O polvo é um invertebrado sem exoesqueleto.
Entre os vertebrados, temos alguns animais com exoesqueleto também, associado com o endoesqueleto, como por exemplo o tatu, jacaré e a tartaruga. Outros vertebrados apresentam somente o endoesqueleto, como os mamíferos de forma geral.
Divisão do esqueleto ósseo:
1. esqueleto axial = representado pela coluna vertebral, cabeça e tórax;
2. apendicular = representado pelos membros torácico e pélvico;
3. visceral = representado por ossos situados em vísceras, como o osso do clítoris da cadela, osso peniano do cão e osso cardíaco do bovino.
Número de ossos:
Varia conforme a idade, devido à fusão de certas junções, as vértebras lombares e caudais variam muito em algumas espécies. Há autores que desconsideram os ossos sesamóides como partes constituintes do esqueleto ósseo, assim como não contam os ossos do orelha interno (martelo, bigorna e estribo).
A patela é considerada um osso sesamóide, notamos na primeira figura; na figura do meio, uma pelve de filhote, notam-se áreas mais escuras sobre o acetábulo. É onde os ossos se juntam, constituindo um único osso no adulto. A terceira figura apresenta o crânio de um filhote de cão, onde as junturas ainda não se consolidaram.
Classificação dos ossos:
Os ossos apresentam variações no seu formato, dependendo da sua função. Assim, podemos compará-los a formas geométricas e classificá-los:
Longos - ossos que apresentam um comprimento sobressaindo sob as outras medidas, apresenta também uma câmara medular. Forma geométrica similar a um paralelepípedo. Exemplo: tíbia, fêmur, rádio, úmero, metatarsos e metacarpos.
Curtos - ossos que apresentam o comprimento, largura e espessura mais ou menos homogêneos, não sobressaindo nenhuma medida sobre as outras, não apresenta uma câmara medular. Forma geométrica similar a um cubo. Exemplo: carpos, tarsos, falange média e proximal.
Planos - ossos que apresentam um comprimento e uma largura sobressaindo sobre a espessura, pode apresentar uma parte totalmente maciça, onde as camadas ósseas compactas se encontram. Forma geométrica similar a uma tábua, é laminar. Exemplo: Escápula, ossos planos do crânio, pelve. Há um tipo de osso plano, ossos do crânio, que não apresentam o periósteo em uma de suas faces, sendo substituido diretamente pela dura máter.
Pneumáticos - ossos que estão localizados na cabeça dos mamíferos e no corpo das aves. É caracterizado, não por um formato geométrico, mas sim por ser oco e apresentar câmaras de ar internamente. Isso tem a função de dar leveza à cabeça ao mesmo tempo de proteção e aumentar a área de inserção dos músculos faciais. Esse espaço preenchido por ar denomina-se seio paranasal, pois estes ossos tem comunicação com o aparelho respiratório. Exemplo: osso frontal, maxilar, nasal.
Irregulares - ossos que não se encaixam em nenhuma descrição anterior, com vários processos (pontas) para fixar ligamentos, fáscias e músculos. Não possuem forma definida. Exemplo: ossos da coluna vertebral, falange distal.
Constituição básica de um osso longo:
Os ossos longos apresentam duas extremidades chamadas epífises. Unindo as epífises encontramos a diáfise. Entre a diáfise e as epífises, há uma região de crescimento ósseo, formada por tecido cartilaginoso nos jovens. Essa região apresenta-se como uma linha denominada metáfise.
O osso longo apresenta ainda uma cavidade, chamada cavidade ou câmara medular. É nessa câmara que encontra-se a Medula óssea vermelha e medula óssea amarela.
A medula óssea amarela apresenta um espaço mais livre, preenchido com tecido adiposo, delimitado nas paredes pela camada óssea compacta. Já a medula óssea vermelha apresenta as chamadas trabéculas ósseas, constituindo a camada óssea esponjosa. É nessa camada esponjosa que há a formação de células sanguíneas.
Essa cavidade onde se encontra a medula óssea amarela, apresenta o endósteo, que nada mais é do que uma lâmina fibrosa com células de crescimento ou reabsorção óssea interna. A estas células denominamos: osteócitos, osteoclastos e osteoblastos.
Externamente, há ainda uma lâmina denominada periósteo, com dois folhetos:
1ª) folheto fibroso, composta por fibras de colágeno (tecido fibroso), células nervosas e vasos sanguíneos.
2ª) folheto osteogênico ou celular, composto por osteócitos, osteoclastos e osteoblastos.
APARELHO CIRCULATÓRIO
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Aparelho CirculatórioPartes circulatórias do corpo humano |
O coração começa a bater por volta do 22º ao 24º dias, iniciando assim a circulação sanguínea no embrião e seus anexos.
Os primeiros vasos sanguíneos aparecem no mesoderma que reveste o saco vitelino. Aí formam-se pequenos acúmulos de células, as ilhotas de Wolff, que diferenciam-se em células endoteliais. As células situadas mais ao interior tornam-se livres e diferenciam-se em células sanguíneas primitivas.
Por volta da quarta semana surgem os vasos intra- embrionários que se ligam à rede vascular do saco vitelino através dos vasos vitelinos e também dos vasos umbilicais.
Com cerca de 26 dias o sistema cardiovascular embrionário é como esquematizado.
Desenvolvimento do coração: durante a gastrulação o mesoderma cardiogênico sofre um processo que o divide em dois folhetos: um visceral e outro parietal que delimitam a futura cavidade pericárdica.
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Desenvolvimento do coração |
No folheto visceral formam-se ilhotas de células mesenquimais que confluem compondo dois tubos endocárdicos próximos a endoderma, que mais tarde se fundem formando um tubo cardíaco único. Simultaneamente a esplancnopleura forma um espessamento que originará o miocárdio e o folheto visceral de pericárdio.
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Desenvolvimento do coração |
No tubo cardíaco dessa fase é possível reconhecer o bulbo aórtico, o bulbo cardíaco, o ventrículo primitivo, o átrio primitivo e o seio venoso. A etapa seguinte do desenvolvimento compreende uma torção do tubo cardíaco e a septação de suas câmaras, que deixam de estar em série e ficam lado a lado.
Desenvolvimento dos vasos: A medida que ocorre a formação do tubo cardíaco tem início o processo de formação dos vasos. Eles surgem basicamente da mesma maneira que os vasos existentes no territórios extra- embrionário. Células mesenquimais se diferenciam adquirindo forma de tubos cilíndricos apresentando uma luz. Esses tubos se fundem originando os vários vasos do feto.
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